A história de Roterdan Lino dos Santos, 47 anos, com a Fanfarra da ETPC – Escola Técnica Pandiá Calógeras começou há muitos anos, muito antes dele se tornar professor e comandante do grupo.
Ainda em sua infância, aos 3 anos de idade, assistiu ao desfile da escola pela primeira vez, acompanhado de seu tio, Delflávio Carvalho. Sua paixão pela Fanfarra nasceu nesse momento e foi crescendo junto com ele.
Dois anos depois, ele e o tio voltaram a assistir ao desfile. Percebendo o brilho nos olhos do pequeno, Delflávio perguntou se ele gostaria de fazer parte do grupo. “Quando eu crescer, eu vou mandar nessa fanfarra”, respondeu em tom determinado o jovem Roterdan.
Antes mesmo de entrar para a ETPC, Roterdan visitou um ensaio da Fanfarra. Quando questionado se gostaria de tocar algum instrumento, respondeu que sempre teve o desejo de tocar o cornetão. No entanto, o instrumento era grande demais para o pequeno Roterdan.
Em 1990, começou a estudar na ETPC e se tornou integrante da Fanfarra, tocando caixa. O grupo estava sob o comando do professor Elnatan Machado, que já havia sido regente de corais e fanfarras de outras instituições de Volta Redonda e era uma inspiração para Roterdan.
Dois anos depois, Roterdan foi contratado como funcionário da CSN e continuou na monitoria percussiva da Fanfarra. Logo em seguida assumiu também a coreografia. Nessa época estudava Educação Física.
Roterdan seguiu trabalhando na Fanfarra. Emocionado, ele lembra do momento em que Enaltan reconheceu seu crescimento dentro do grupo: “daqui pra frente você vai me acompanhar de forma diferente, somos profissionais do mesmo nível”.
Para Roterdan, um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi durante o 1º Concurso de Fanfarras e Bandas de Volta Redonda, em 2000. Antes da Fanfarra da ETPC apresentar suas músicas e peças paradas ao corpo de jurados, ele conta que Enaltan estava com o microfone em punho para apresentar a banda e disse: “a partir deste momento, a Fanfarra está começando um novo reinado, com a regência do maestro Roterdan de Lino Santos”.
O sonho de infância enfim se tornou realidade. Relembrando sua estreia no comando da Fanfarra, Roterdan afirma que “um dos maiores presentes que se pode ganhar é ver uma banda técnica, de músicos e militares, aplaudir de pé seu primeiro desfile”.
“Hoje em dia, trabalho bastante para manter a Fanfarra da ETPC no topo. É uma escola que carrega uma história e a cada desfile de 7 de setembro, é uma nova página”, conta o maestro.
“Participar da Fanfarra agrega na vida das pessoas de forma cultural, profissional e emocional. Os alunos sempre se renovam, mas muitos seguem com a gente. Eu me emociono em todos os desfiles porque somos um grupo que engloba toda a equipe docente, alunos e famílias que compõem a ETPC”, finaliza Roterdan.